segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Wagner, o zagueiro que encantou o torcedor juazeirense


14 de junho de 2001, estádio Adauto Morais. A torcida estava eufórica com a possibilidade do time do Juazeiro Social Clube conquistar o título de campeão baiano. depois de empatar o primeiro jogo da final contra o Bahia por 1 a 1, em Salvador. Bastava o empate em casa e isso deixou todo muito confiante, ao redor do campo faixas com a seguinte frase “Juazeiro saúda os campeões baiano”, outros com faixas de campeão no peito, “Houve total desrespeito por parte de alguns, do outro lado era a entidade do Bahia bi campeão brasileiro”,diz Wagner, zagueiro daquela equipe,ele também lamentou a perda do título, “foi um dos momentos mais tristes que vivi no futebol, tínhamos uma equipe fantástica”.



Wagner José Oliveira Rocha nasceu em carnaíba das esmeraldas, no município de Pindobaçu, passou sua infância em Pilar,no município de Jaguarari. Aos 15 anos foi para a base do esporte clube Bahia, e aos 17 transferiu-se para o esporte clube vitória que o emprestou para a associação atlética Nova Venécia, do Espirito Santo, esse foi o seu primeiro clube profissional. Passou pelo expressinho do Cruzeiro de Minas Gerais. A partir daí pensou em abandonar o futebol, voltando a morar em Pilar. Em 1995 decidiu retomar a carreira de jogador indo jogar no Souza, da Paraíba.

Em 1996 começa sua trajetória no Juazeiro Social Clube, contribuindo para o acesso à série A do campeonato baiano. Em 1998 foi até Veneza na Itália, chegou à treinar mas seu empresário não fechou negócio porque o Veneza não quis pagar o preço pedido “Na capa do jornal que falava de Ronaldinho fenômeno, dizia, Wagner a nova contratação do Veneza” lembra. Voltou para o Bahia, dessa vez como jogador profissional, permaneceu até 2000, depois de um desentendimento com o presidente do clube, por conta de desacordo contratuais. Retornando então ao Juazeiro, onde conseguiu, junto com seus colegas, chegar a semifinal do baianão de 2000 e vice em 2001. 

Esse foi o melhor momento de sua carreira, pois logo após o campeonato baiano, recebeu o convite do técnico Joel Santana para ir jogar no Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Nesse período o presidente do Juazeiro, Carlos Humberto e o técnico Sapatão indicou, junto com o atacante Ailton, para realizar um teste no São Paulo Futebol Clube, os dois foram bem, mas a equipe paulista queria que fossem de graça e como tinham contrato com a equipe juazeirense, não podiam aceitar a proposta. De são Paulo Wagner foi direto para o Rio de Janeiro, e se apresentou ao Vasco, disputando competições importantes como: campeonato carioca; campeonato brasileiro; torneio Rio-São Paulo; taça Libertadores da América e a copa do Brasil. Lá conquistou a taça Guanabara.



Sua carreira estava em ascendência, afinal estava sendo titular de uma das maiores equipes do futebol brasileiro. Justamente nesse período Wagner teve uma lesão séria na região do púbis, que o tirou dos gramados por um ano e dois meses, “ Essa lesão me tirou a possibilidade de ir mais longe no futebol”, diz Wagner. Mesmo não se sentindo 100% recuperado, aceitou o convite do Fluminense de Feira de Santana, disputando a copa do nordeste. Em 2004 foi vice campeão alagoano pelo ASA de Arapiraca. 

Tentou novamente a chance na Europa indo realizar testes no Beira Mar de Portugal junto com o atacante Juninho Petrolina, depois de começarem a treinar, o técnico português que os conheciam foi demitido, acabando mais uma vez com o sonho de ir jogar no futebol europeu. No ano seguinte teve uma breve passagem no Petrolina. Voltou ao Juazeiro e conquistou a copa do interior da Bahia. Foi campeão da série A2 do paulistão de 2007 pelo Votoraty, de Votorantim em São Paulo. Depois dessa conquista mais um drama em sua vida, ele teve dois rompimentos no joelho que o afastou do futebol por mais um ano e meio. Se tornando então empresário no ramo de farmácia. Em 2009 decidiu retornar após aceitar o convite de um amigo para ir jogar no Guarani de Juazeiro de norte, “mesmo estando com apenas 60% recuperado, decidi ir ajudar o Guarani a subir para a primeira divisão”, relata, após contribuir para o acesso da equipe. Wagner foi contratado pelo Boa Viagem, também do Ceará. Aos 36 anos ele foi obrigado a encerrar sua carreira depois de sofrer mais uma lesão no Joelho, dessa vez no menisco que o impossibilita de jogar futebol.

Depois de 20 anos de carreira, Wagner resolveu contribuir com o Juazeiro Social Clube, dessa vez como vice presidente, mas não teve muito êxito nessa nova função. Para ele, os momentos mais felizes no futebol foram o acesso pelo Juazeiro e sua contração pela equipe do Vasco. Já os tristes foram as Duas expulsões pelo Vasco, em jogos dois jogos seguidos, “Não era do meu perfil ser expulso” relata, e a lesão também no período do Vasco que o impediu de continuar jogando em alto nível.
Wagner mora em Juazeiro, trabalha como agente administrativo na gerência de esporte do município. É casado com Patrícia Busman e pai Juliana Busman de oito anos. Hoje ele está aguardando a liberação para realização de mais uma cirurgia no joelho, “ O que segura meu joelho firme, são dois pinos”.


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